O tema central das palestras da Abertura Nacional do Plantio da Soja 2019/2020 foi sustentabilidade. O evento aconteceu em Vilhena (RO) nesta quinta-feira, 19, e reuniu pesquisadores, autoridades e produtores rurais. “Temos leis rígidas, então nossa intenção principal é mostrar que a soja mais sustentável do mundo é a do Brasil”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz.
O secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, participou da solenidade e falou sobre como o setor alia preservação ambiental à produção. “Em tudo o que existe de bom nesse sentido, o Brasil é exemplo”, frisa.
Durante o evento foram apresentados os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) relativos a 2019. Os números mostram que a área de vegetação protegida e preservada corresponde a 66% do território nacional. As lavouras, por sua vez, ocupam 7,8%.
O estudo evidencia, também, uma relação direta entre o plantio de soja e a preservação do meio ambiente: nos municípios que mais produzem, as taxas de preservação variam entre 40% e 60%.
“Hoje, o produtor que aplica tecnologia aumenta a matéria orgânica do solo, preserva mais, captura carbono e contribui para a melhoria da qualidade ambiental”, reforça o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio.
Exemplo para o Brasil e para o mundo
Em Rondônia, 6,7 milhões de hectares estão preservados, o que corresponde a 52% da área das propriedades rurais. “Isso nos leva a uma conclusão óbvia: nenhuma categoria profissional do Brasil destina mais área, recursos, tempo e, principalmente, dinheiro em prol do meio ambiente que os agricultores”, frisa o supervisor de gestão da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti Castro.
Rondônia é o terceiro estado mais rico do Norte, com 12% do Produto Interno Bruto (PIB), e tem potencial para continuar crescendo, segundo o governador Coronel Marcos Rocha. “Precisamos ampliar a capacidade de produção, mas respeitando o meio ambiente, para que as pessoas tenham condições de ter uma vida digna”, diz.
Rádio Sorriso com assessoria