O biólogo Izar Aximoff estudou a recomposição de florestas no Rio de Janeiro após queimadas. Testemunhou áreas verdes se transformarem em pó preto e o rico som das florestas, em silêncio.

“É muito triste ver a floresta totalmente dizimada. Aquele cenário colorido, com flores, sons de animais, pássaros cantando, bichos se movimentando e cheiro de mata dá lugar ao silêncio, a animais carbonizados, a um cheiro de carne queimada, à desolação. Fica tudo preto e você fica sujo com aquele resíduo de carvão”, descreve o biólogo, lembrando-se do que viu quando uma área que monitorava em seus estudos voltou a sofrer queimadas.

” EU VI FILHOTE DE JIBOIA QUEIMADO, BICHO-PREGUIÇA CARBONIZADO, BROMÉLIA QUEIMADA, DÁ ATÉ VONTADE DE CHORAR. A PERDA É DE VALOR INESTIMÁVEL. MUITO SUPERIOR AO DAS MULTAS APLICADAS, QUANDO SE ENCONTRA O CULPADO, O QUE É RARO”, COMPARA O BIÓLOGO ESPECIALISTA EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA, COMO NO PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA.

Após o quadro de destruição, novos desafios surgem no reflorestamento, explica o biólogo, que é doutor em Botânica pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

“Espécies ameaçadas acabam não voltando. A cada queimada, a diversidade é perdida”, disse.

Por G1 notícias

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