Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Como aconteceu nas duas últimas temporadas, o Atlético-MG estreou 2020 perante a torcida com goleada no Campeonato Mineiro Módulo I. A vitória folgada diante do Tupynambás, por 5 a 0, no estádio Independência, no último domingo, foi a apresentação de Rafael Dudamel em casa, com, entre os pontos positivos, desempenho de destaque para caras novas da equipe.

O Atlético cumpriu seu dever, assim como havia feito contra o Democrata GV em 2018 (3 a 0) e o Boa Esporte, no ano passado, (outro 5 a 0). Goleadas de começo de ano que não significaram sucesso ao longo das temporadas anteriores. Desta vez, entretanto, há uma empolgação pelo trabalho do comandante venezuelano. No Horto, os 13 mil torcedores ainda puderam ver que Maílton será um lateral direito a dar trabalho para o titular Patric, preservado do confronto.

O jovem lateral mostrou técnica apurada na batida da bola, dando duas assistências e sendo premiado com um gol em atuação praticamente impecável. O jogador foi uma das três mudanças de Dudamel. Igor Rabello voltou a ser titular, e fez partida sem incômodo ao lado de Gabriel. O zagueiro revelado pelo Atlético volta do Botafogo pronto para ser bastante aproveitado. Foi titular contra o Uberlândia e acumula duas apresentações seguras, com direito ao gol que abriu a porteira do Tupynambás.

Time do Atlético-MG antes do jogo contra o Tupynambás — Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

No ataque, Edinho entrou no lugar de Marquinhos e jogou bem, ainda que a partida estivesse com facilidade anormal, algo que o clube tende a não encontrar quando estrear na Copa Sul-Americana, e em fases avançadas da Copa do Brasil. Uma goleada pode esconder problemas. No Atlético, o maior deles é da armação do ataque. Allan e Jair, bastante técnicos, conseguem suprir a ligação do meio de campo com o centroavante Di Santo.

O argentino ganha um “reforço” em suas limitações, sem ter alguém com quem tabelar. É a falta que Cazares faz e fará. O Galo precisa buscar um camisa 10 urgente, uma vez que os candidatos já inseridos no clube – Hyoran e Borrero – estão predestinados a outras funções. O primeiro virou o ponta-esquerda, novamente titular, e o jovem colombiano (suspenso) será jogador para fim de partida, sendo testado aos poucos.

Prestes a contratar Guilherme Arana para ser titular da lateral esquerda, o Atlético tem formação tática montada. Três volantes, com Zé Welison novamente seguro em jogo de baixa imposição (nunca é bom se esquecer). Mas é o camisa 10, capaz de acelerar o jogo para os volantes que virão de trás e os pontas – Marquinhos e Hyoran, que faz falta. E não seria demais cobrar um novo camisa 9 também. Bruno Silva demonstra potencial para o futuro, mas Di Santo e Ricardo Oliveira precisam evoluir bastante para disputar um futebol bem mais exigente ao Atlético no decorrer da temporada.

“Há coisas para melhorar. A inteligência para encontrar melhores espaços em amplitude. E isso vamos conseguir à medida que faremos os jogos” – disse Rafael Dudamel

Por Frederico Ribeiro — Belo Horizonte

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