Ainda falta uma mecânica maior nos movimentos, uma saída mais rápida. Mas o Inter começa a apresentar em campo os pedidos de Eduardo Coudet, como ocorreu na vitória por 3 a 1 sobre o Pelotas na noite do último domingo, no Beira-Rio. Um time que atua no campo adversário, com D’Alessandro de atacante e que, mesmo em vantagem, não administra o resultado.

Coudet durou exatos cinco segundos no banco de reserva. Depois, já foi para a área técnica e, inclusive, saiu dela em algumas oportunidades para acertar o posicionamento e incentivar os pupilos. Pedia a todo instante para a equipe adiantar a marcação.

Eduardo Coudet organiza o time do Inter no Beira-Rio — Foto: Tomás Hammes

Os gestos surtiram efeito. Quando estava no ataque, inúmeras vezes a equipe abancou-se no campo do Pelotas. Apenas Marcelo Lomba, na intermediária defensiva, permanecia no campo colorado.

Assim como ocorreu na estreia da temporada, quando os reservas superaram o Juventude por 1 a 0 no Alfredo Jaconi, na quarta-feira passada, o 4-1-3-2, quando o time tem a bola, vira um 3-5-2.

Rodrigo Lindoso ficava entre Rodrigo Moledo e Víctor Cuesta. Moledo, no entanto, com mais dificuldade para o passe vertical rápido. Por vezes, esperava ou tocava para Cuesta.

Patrick dá um carrinho para recuperar a bola, observado por Johnny — Foto: Tomás Hammes

Johnny, o meia central, movia-se e buscava a bola para acionar os laterais transformados em alas Rodinei e Moisés. Estes atacam o tempo todo. Rodinei buscou jogadas com Edenilson e D’Alessandro, enquanto Moisés invadia a área e até arriscou finalização.

– Creio que (Rodinei) entrou bem, tanto quanto Heitor esteve bem na partida passada. Na minha ideia, os laterais são muito participativos e necessitamos de muito físico também, para termos opções a mais no ataque. No final, também utilizamos Edenilson por lá – avalia Coudet.

Edenilson e Patrick movimentam-se. O primeiro utilizava um de seus trunfos, a infiltração. Foi assim que o Inter abriu o placar. D’Alessandro, agora parceiro de Paolo Guerrero no ataque, voltou e, ao receber a bola, mostrou que, mesmo com uma nova atribuição, ainda é o cérebro do time. O camisa 10 lançou Edenilson, que apenas deslocou Douglas Silva.

Guerrero, embora siga como a esperança de gols, não fica restrito a atuar entre os zagueiros. O peruano saía da área e abria espaço para as chegadas dos companheiros.

Porém, quando teve uma chance, mostrou que está com o faro em dia, ao completar de cabeça para fazer o terceiro gol do Inter. Aliás, o time, apesar de alguns erros, não acomodou-se. Seguiu com o intuito de conseguir um escore mais dilatado.

Só que, como o próprio Coudet reconhece, há questões a corrigir. Principalmente no primeiro tempo e no início da etapa final, houve dificuldade para uma saída rápida, como gosta o gringo. Cuesta tentou sair pela esquerda, mas não teve parceria para continuar uma jogada. E em outros momentos o Inter voltou aos passes laterais e recuos.

Eduardo Coudet reconheceu erros e acertos do time — Foto: Ricardo Duarte / Internacional

– Sempre acho que podemos dar um pouco mais. Pelo menos, em minha análise, me deixa tranquilo que tivemos só duas semanas de trabalho. O tempo mostrará essa pressão que se tem, melhorar o tempo de jogo. Mas já se tem uma ideia que vai crescendo – observou o treinador.

Os próximos jogos apontarão se o Inter continuará a evolução esperada por Coudet. Após duas rodadas, o Colorado lidera o Grupo A do Gauchão com seis pontos. A próxima partida será disputada nesta quarta-feira contra o São Luiz, às 21h30, no estádio 19 de Outubro, em Ijuí.

Fonte: Globo Esporte


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