Um ano de pandemia, 8 meses de atividade do Centro de Triagem na Arena Pantanal e a segunda onda da pandemia do coronavírus ganhando mais força a cada dia em Mato Grosso. O reflexo disso é a grande busca por atendimento médico em todas as unidades de saúde.

No principal local de testagem em Cuiabá, na tentativa de garantir uma senha para o atendimento, os cidadãos dormem do lado de fora do estádio, mesmo com mal-estar causado pela doença. Às 5h da manhã, a fila dobra a esquina e conta com quase 200 pessoas. Situações como essa flagradas pela reportagem na quarta-feira (10) tendem a se repetir enquanto o vírus mantiver o ritmo de circulação. A população cobra medidas para melhoria do atendimento.

O casal Luciana Ramos Bento, 69, e Numinato Nunes Filho, 65, tentou agendar o horário via internet, como tinha feito há 16 dias. Mas a costureira e o carpinteiro não conseguiram dessa vez, para saber se tinham se recuperado ou continuavam portando o vírus. Então, os moradores do bairro Mapim, em Várzea Grande, decidiram ir para a Arena Pantanal. A chegada foi nos últimos minutos de terça-feira (9). “

Eram 23h55. Não tinha ninguém aqui”, relata o idoso. “Fiquei com um pouco de medo, mas, depois, começou a chegar mais gente”, conta a mulher.

Para passar a noite, Luciana e Numinato levaram bancos e lanches reforçados. As músicas tocando no rádio também foram companhia em quase 6 horas de espera.

“Eu acho normal (a longa fila e o sacrifício pela senha) devido à pandemia, é muita gente buscando o serviço”, avalia a costureira.

Às 6 horas da manhã, as senhas começaram a ser entregues e Luciana foi a primeira. O marido, o segundo. São distribuídas 400 senhas presencialmente. Os atendimentos começaram uma hora depois.

“Saímos quase 8 horas, lá dentro, é muito rápido”, responde a idosa. O casal recebeu o resultado negativo para a doença.

Autor: A Gazeta

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