O presidente licenciado da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan (PTB), poderá trocar a sua candidatura ao Senado pela disputa ao governo do Estado. A mudança tem sido solicitada pela própria direção nacional do PTB, que quer uma candidatura ‘pura’ de direita em Mato Grosso.
Além do PTB nacional, parte dos representante do agronegócio que se intitulam bolsonaristas também defendem o nome de Galvan ao governo como alternativa ao nome do governador Mauro Mendes (União). Para esse setor, existe um vácuo da direta no Estado, já que Mauro Mendes (União) não é considerado por eles, como um gestor de direita e muito menos bolsonarista.
A possibilidade também tem apoio dos chamados ‘bolsonaristas raízes’, que estão no PL por causa do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que não querem apoiar Mauro Mendes ao governo.
O nome de Galvan também ganhou força entre os bolsonaristas, após o governador Mauro Mendes ter supostamente proposto recuar da aliança com PL do senador Wellington Fagundes, para poder deixar o seu palanque livre para outros presidenciáveis e assim evitar o rompimento do PP, PSD e outras legendas.
Dentro do PL, o possível apoio de Bolsonaro a Mauro Mendes está condicionado a vaga do Senado na chapa para Fagundes. Diante das incerteza, uma candidatura Antônio Galvan ao governo abriria a possibilidade de uma aliança com o PL de Wellington Fagundes e, assim, consolidaria a formação de uma chapa de direita para os bolsonaristas mato-grossenses.
No entanto, apesar de Antônio Galvan afirmar que está focado em sua pré-candidatura ao Senado e que tem trabalhado apenas com esse objetivo, ele admite que está disposto a aceitar qualquer tarefa da legenda, usando o famoso bordão ‘sou um soldado do partido’.
A nova possibilidade será debatida dentro da cúpula estadual do PTB, que tem o ex-deputado Victório Galli como presidente estadual.
Autor: Jornal A Gazeta