A comercialização de veículos novos em Mato Grosso fechou negativa em 16,14% no ano de 2020 no comparativo com 2019. A retração já era prevista pelas concessionárias mato-grossenses diante da paralisação na produção de veículos durante o pico da pandemia da Covid-19, o que ocasionou uma redução na entrega por parte das montadoras, bem como o fechamento do comércio como uma medida das prefeituras e governo estadual para evitar a disseminação do vírus.
Levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revela que o estado comercializou 89.805 veículos zero quilômetro em 2020, número este menor que os 107.085 constatados entre janeiro e dezembro de 2019. A retração no segmento de autos e comerciais leves foi de 17,07%, aponta o levantamento. Já os caminhões -27,22%, ônibus -40%, motos -16,81%, implementos rodoviários -12,18%.
Apesar da queda no acumulado dos 12 meses, o mês de dezembro apresentou saldo positivo frente a novembro de 27,88%. No último mês de 2020 foram vendidos 10.996 veículos novos, volume superior aos 8.599 verificados em novembro. O setor de autos e comerciais leves apresentou um incremento de 23,49%, enquanto caminhões 42,97%, ônibus 150%, motos 31,64% e implementos rodoviários 57,04%. Ao se comparar com dezembro de 2019 o resultado é de um incremento de 11,54% ante os 9.858 veículos comercializados na época.
O diretor da Fenabrave – Regional Mato Grosso, Paulo Boscolo, destaca que o resultado total de 2020 de queda já era esperado. “Tivemos um ano atípico que levou a paralisação das indústrias, que levou à falta de produto até mesmo para as montadoras, faltaram peças e componentes, e o fechamento das concessionárias e do comércio em geral por determinação das medidas de prevenção ao coronavírus adotada pelas prefeituras”.
O setor considera que o resultado positivo verificado no último mês de 2020 é decorrente a diversos fatores, como manutenção da taxa de juros, num patamar baixo, e o auxílio emergencial, oferecido pelo governo federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência e com isso melhorou a oferta de crédito.
Autor: G1