Os ministérios públicos Federal, do Trabalho e Estadual apresentaram uma ação civil pública contra as associações dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) e e Mato-Grossense do Algodão (Ampa), além Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), com o objetivo de proibir que os produtores rurais usem qualquer agrotóxico que contenha glifosato.

De acordo com a ação, o objetivo é resguardar a saúde dos trabalhadores rurais expostos aos agrotóxicos, bem como resguardar o meio ambiente e a saúde coletiva.

Por ser umas das substâncias mais usadas no estado, os procuradores e promotores pedem um prazo de 12 meses para que glifosato seja retirados das lavouras.

Na ação, os impetrantes destacam que estudos desenvolvidos pela International Agency for Research on Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que o glifosato é provável carcinogênico.

Algodão mato-grossense safra 2014/15 apresentou ótima qualidade — Foto: Reprodução/TVCA

O glifosato é o principal ingrediente ativo de diversos herbicidas usados em plantações. São 110 agrotóxicos com a substância comercializados no Brasil, produzidos por 29 empresas diferentes, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em 2017, cerca de 173 mil toneladas de produtos com glifosato foram usadas no país. A Anvisa realizou testes com o princípio ativo e atestou que o produto pode ser usado no país.

A reavaliação toxicológica da substância pela Anvisa vinha ocorrendo desde 2008 e a conclusão foi que a substância “não apresenta características mutagênicas e carcinogênicas” .

Entretanto, o IARC e a OMS salientam que o uso indiscriminado de agrotóxicos traz impactos graves e negativos para a saúde humana e para o meio ambiente.

A Famato informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o assunto. A Aprosoja disse que não foi notificada oficialmente sobre a ação e também não vai se manifestar, por enquanto.

Por G1 MT

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