A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (25), a operação Arquimedes para desarticular esquema de corrupção na extração ilegal de madeira, de dentro da Floresta Amazônica. A sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão de documentos.

Em nota, a Sema disse que está colaborando com as investigações e que todas as demandas dos agentes federais foram atendidas “para que os investigadores possam apurar as suspeitas de inserção de créditos florestais fictícios nos sistemas de comercialização e transporte de produtos florestais”.

Reforçam que os trabalhos apuram fatos que ocorreram antes da gestão do atual governado, sob gestão de Mauro Mendes (DEM).

A Secretaria ainda pontua que, na próxima semana, agentes da Polícia Federal irão participar de um curso de capacitação para compreender o funcionamento dos sistemas desenvolvidos pela pasta para aprovação de projetos florestais e autorizações de exploração florestal e desmatamento.

Operação

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta manhã, a operação Arquimedes, com objetivo de desarticular esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.

A operação investiga a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros florestais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do AC, AM, MG, MT, PR, RO, RR, SP e no Distrito Federal, além da autorização de bloqueio de R$50 milhões nos CNPJ´s das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.

A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira. A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.

Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa. (Com informações da PF)

Confira a íntegra a nota da Sema:

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente confirma que recebeu agentes da Policia Federal na manhã desta quinta-feira (25) para busca e apreensão de documentos no âmbito da operação Arquimedes. A Sema está colaborando com a operação e todas as demandas foram prontamente atendidas para que os investigadores possam apurar as suspeitas de inserção de créditos florestais fictícios nos sistemas de comercialização e transporte de produtos florestais. Os trabalhos de investigação apuram fatos ocorridos antes da atual gestão, iniciada em janeiro de 2019.

Para fortalecer o trabalho de investigação e repressão das ilegalidades, agentes da Polícia Federal designados pela superintendência do órgão em Mato Grosso irão participar, no próximo mês, de um curso de capacitação para compreender melhor o funcionamento dos sistemas da Sema envolvidos na aprovação de projetos florestais e autorizações de exploração florestal ou desmatamento (Simlam, Simcar e Sisflora). O objetivo é assegurar que o órgão de investigação tenha acesso às informações com mais rapidez e precisão.

A Sema reitera que acredita na parceria com os órgãos de investigação e controle, tanto interno quanto externos, aliada ao controle social, para assegurar a legalidade nos serviços prestados pela Secretaria para que tenhamos um meio ambiente harmônico e equilibrado para esta e futuras gerações.

O Bom da Notícia

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