O uso de drones na aplicação de defensivos químicos e biológicos em lavouras tem aumentado no Brasil. Entre os motivos, a otimização dos trabalhos e a facilidade de acesso a locais “mais difíceis”, como explica o engenheiro agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas, que é instrutor credenciado do Senar Mato Grosso. “Os drones chegaram – relativamente – há pouco tempo no campo e a aceitação tem sido muito boa pelos produtores. A demanda por esta prestação de serviço tem crescido. A ferramenta permite a aplicação de produtos em pontos específicos onde o trator não entra, onde o avião não consegue fazer uma aplicação direcionada com tanta eficiência”, comenta.
Márion também destaca outra vantagem do uso do drone nas pulverizações: a segurança nas aplicações, tanto pelo menor (ou quase inexistente) contato do operador com o maquinário e com o produto, quanto pela redução dos riscos de derivas pelo vento, já que a aplicação é direcional.
Para os produtores que tenham interesse em adotar a tecnologia nas atividades de campo, o instrutor orienta a procura de empresas que tenham conhecimento comprovado sobre o tema, que sejam regulamentadas, tenham pilotos registrados na Anac e drones devidamente regulamentados. Adquirir o equipamento e qualificar a mão-de-obra disponível na fazenda também é uma boa alternativa, segundo Márion. “A busca pela capacitação é fundamental e o Senar-MT tem um papel importante nisso, oferecendo treinamentos para operação de drones com foco na agricultura”, afirma.
Quem deseja investir na carreira de piloto de drones e “vant´s” (veículos aéreos não tripulados) deve procurar cursos e treinamentos (como os do próprio Senar-MT) que tenham foco direcionado para o uso do equipamento na agricultura, incluindo a aplicação de produtos químicos. Vale lembrar que antes de prestar o serviço, o piloto tem que ser registrado na Anac como operador de drone. O mesmo vale para os equipamentos, que também seguir todas as exigências estabelecidas pela Anatel.
A procura por profissionais capacitados tende a ficar ainda maior, já que os equipamentos também começam a ser utilizados na pulverização de pastos e áreas de florestas plantadas. “O mercado tem crescido bastante para pilotos. A variação de salários na região central do Brasil vai de R$ 1,5 mil a até R$ 12 mil por mês, dependendo da categoria do drone que será operada, bem como os tipos de aplicações que serão executadas. Faltam pilotos qualificados para atender a demanda do agronegócio”, alerta.
Fonte: Canal Rural
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