Secretário revela que tem muito receio, mas também muitos cuidados e sente desconforto com a máscara

“Infelizmente, daqui a pouco os óbitos começam a ter nomes, deixam de ser apenas CPFs para ter nomes, e aí a população vai levar mais em consideração que nós não estamos brincando com um assunto desta natureza”. A declaração é do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, ao comentar a necessidade de manter o isolamento para as pessoas dos grupos de risco e as medidas de segurança para os demais.

Figueiredo enfatiza que a flexibilização das atividades econômicas não significa que é para todo mundo ir para a rua, mas sim aqueles que podem e adotando as medidas de proteção necessária, como uso da máscara, distanciamento de um metro de meio, higienização das mãos e evitando aglomerações.

O secretário voltou a comentar, durante coletiva on line na manhã desta sexta-feira (24), que gostaria de estar em casa, mas que a responsabilidade de seu cargo não permite. Ele não faz parte do grupo de risco, pelo menos não pela idade, já que fez 59 anos em fevereiro, mas confessou que realiza todas as ações necessárias com muito receio, mas também com muita segurança. Mas também revelou o desconforto com o uso da máscara e algumas falhas na sua utilização, principalmente pela falta de costume.

“Saindo daqui (live), vou para dentro de hospitais, tenho que enfrentar os desafios. Mas faço com muito receio, mas com muita segurança também, higienizando as mãos sempre que possível, mantendo a distância. Sei que é difícil fazer isso. Toda hora me pego colocando a mão no rosto, ajeitando a máscara. Isso não é natural para nós como nos países asiáticos”.

Reforçando que a secretaria estadual de Saúde tem mais de 600 servidores afastados, por serem dos grupos de risco, reforça que estas pessoas estão mais fragilizadas durante a pandemia e precisam sim de um cuidado maior. “Evite ir ao supermercado. Dentro de casa, as famílias precisam fazer um remanejamento, para manter o distanciamento dos netos, das crianças, evitando contatos da melhor forma possível, até porque o número de pacientes assintomáticos é imensamente superior. Cerca de 70% da população vai passar por isso sem saber”.

Repórter MT

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