A defesa do réu Lumar Costa da Silva, acusado de matar e arrancar o coração da tia, requereu sua absolvição, com base em laudos de insanidade mental que atestaram transtornos psicológicos. O pedido foi protocolado no dia 10 de junho e ainda não teve decisão do juízo da Segunda Vara Criminal de Sorriso.
O crime que chocou Mato Grosso foi cometido contra Maria Zélia da Silva Cosmos, em Sorriso, no dia 2 de julho de 2019.
Além da imputabilidade, a defesa argumenta o excesso de prazo na prisão preventiva do acusado de matar e arrancar o coração da tia, que já passa dos 1.060 dias.
“Requer que seja declarada a inimputabilidade do acusado, em face a CONCLUSIVIDADE de todos os laudos periciais já carreados e homologados, com sua consequente absolvição”, é o pedido.
No requerimento, o advogado Dener Felizardo menciona que foi anexado ao processo novo laudo pericial, em março, mas que a Justiça ainda não homologou.
No pedido, a defesa quer liberdade e absolvição imediata do réu.
Lumar está detido na penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, “ferrugem”. Os laudos psiquiátricos recomendaram internação e acompanhamento vitalício, mas a Justiça negou as medidas.
Ele tem dois laudos e em dezembro do ano passado, a Justiça determinou que ele não seja julgado em júri popular.
O caso
Lumar morava em de São Paulo e foi para Sorriso após um desentendimento com a mãe. Ele foi acolhido pela tia Maria Zélia, em Sinop, porém a mulher o expulsou de casa ao saber que era dependente químico.
No dia do assassinato, Lumar estava sob efeito de drogas e tinha alucinações. Afirma que não sabia o que estava fazendo e não conseguia distinguir a realidade da fantasia.
Em 2 de julho de 2019 ele atacou a tia e a matou a facadas. Com a arma ele arrancou o coração da mulher e o levou para a prima, filha da vítima. Roubou o carro da prima e tentou sequestrar a filha dela, uma menina de 7 anos. Com o carro ele bateu numa subestação de energia tentando incendiar o local.
Autor: Jornal A Gazeta