O governo de São Paulo estima que cerca de 1.300 mortes pelo novo coronavírus devem ocorrer no estado até a próxima segunda-feira (13). Sem a adoção de medidas de isolamento social, como a suspensão de aulas e a recomendação de que a população fique em casa, o cenário previsto seria de 5 mil mortes no estado até o dia 13. 

Para os próximos 180 dias, a estimativa é de 111 mil mortes em São Paulo com a adoção das medidas já implementadas no estado, contra 277 mil mortes caso as restrições não fossem adotadas.

A expectativa de hospitalizações também se reduz nos próximos 6 meses com o isolamento social: são esperadas 670 mil hospitalizações por coronavírus com as medidas adotadas; sem elas, a previsão seria de 1,3 milhões de hospitalizações. Em relação às internações em UTIs, o governo espera uma redução de 168 mil casos com as medidas de isolamento social: a previsão é de 147mil pessoas com coronavírus em UTIs nos próximos 6 meses, contra 315 mil sem as restrições adotadas.

A previsão foi divulgada nesta segunda segunda (6) pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Até o momento São Paulo registrou 275 mortes por coronavírus e 4.620 casos confirmados da doença, segundo balanço publicado no domingo (5).

A previsão também considera que as medidas de isolamento causarão uma redução no número de casos confirmados. 

“Sem nenhuma medida [de isolamento] nós estaríamos lá no dia 13 de abril com quase 150 mil casos no estado de São Paulo. Com as medidas, nós vamos chegar nessa data com cerca de 20 a 25 mil casos. Essa é uma projeção pro dia 13, na semana que vem”, disse Dimas Covas. 

A previsão feita pelo Butantan leva em consideração dois cenários: no primeiro, a pandemia ocorre em meio a adoção de medidas consideradas medianas de isolamento; no segundo, a doença se espalha sem nenhuma medida de restrição. 

Para a estimativa de quantos leitos de UTI serão necessários no estado, o Butantan considera ainda um terceiro cenário, no qual as medidas de isolamento são seguidas por mais pessoas e chegam a diminuir a mobilidade urbana em mais de 70%. Neste cenário, considerado equivalente ao atingido por países em quarentena, como a Espanha e a Itália, a redução no número de leitos de UTI necessários é ainda mais relevante.

Fonte: G1

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