A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) anunciou nesta quarta-feira (4) a suspensão de diversos serviços realizados dentro do campus, como limpeza, otimização nos serviços da portaria e vigilância armada, recesso do Restaurante Universitário nas férias e racionamento de energia elétrica em alguns setores da universidade. As medidas emergenciais foram tomadas após o anúncio do governo sobre o contingenciamento de 30% dos recursos financeiros repassados para a universidade.
De acordo com a universidade, o Decreto n.º 9.711, de 15 de fevereiro de 2019, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira, impôs limitações orçamentárias às IFES e estabeleceu um bloqueio de 30% no orçamento da instituição.
A insuficiência dos recursos liberados pelo Ministério da Educação (MEC), irá afetar diversas atividades acadêmicas e administrativas como instalação de câmeras de segurança, mudança na freqüência de limpeza nos laboratórios, redução das aulas de campo, pesquisa e extensão, entre outros.
Racionamento de energia
Parte das medidas emergenciais tomadas pela universidade atinge um dos serviços mais essenciais dentro do campus, a energia elétrica. De acordo com a UFMT, os setores administrativos como Reitorias, Pró-Reitorias, Secretarias, Escritórios, inclusive dos campi do interior, passam a ter horário de atendimento das 7h30 às 11h30 e 12h30 às 16h30.
Ainda de acordo com a universidade, o custo de energia elétrica entre 17h30 e 20h30 é aproximadamente cinco vezes maior que demais horários. O horário de funcionamento da Instituição (unidades acadêmicas) permanece das 7h00 às 23h30 de segunda a sexta-feira e das 7h00 às 11h00 aos sábados.
Corte nas bolsas de pós-doutorado
A Coordenação Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC), anunciou na terça-feira (3) a suspensão de 5.613 bolsas de pós-graduação até o final de 2019 em todo o país. Considerando os três cortes, de abril a dezembro, serão menos 55 bolsas de mestrado, 15 de doutorado e dez de pós-doutorado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Isso representa uma perda de 11 a 12% em bolsas de mestrado e cerca de 10% em doutorado. O maior percentual ficou para as bolsas de pós-doutorado, que terão corte de aproximadamente 25%.
Por Olhar Direto