Na quarta-feira (05), os Estados Unidos anunciaram o apoio à quebra de patentes de vacinas contra Covid-19, com o objetivo de acelerar a produção e a distribuição de imunizantes. No entanto, ministro acredita que Brasil ainda não será beneficiado.

Em um comunicado assinado pela representante dos EUA em assuntos de comércio exterior Katherine Tai, o governo norte-americano mudou de opinião sobre o assunto (o país era contrário à suspensão de proteções de propriedade intelectual de vacinas) e confirmou que participará ativamente das negociações para o andamento do processo na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Essa é uma crise sanitária global e as circunstâncias extraordinárias da pandemia de Covid-19 pedem por ações extraordinárias”, explicou Tai, referindo-se à liberação de patentes das vacinas. A solicitação foi feita pela primeira vez em outubro do ano passado, a partir de um movimento liderado por Índia e África do Sul.

Apesar do histórico apoio dos EUA, outros países se mantêm contrários à iniciativa, como o Brasil, que seguiu a postura adotada por Donald Trump. Mas o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, afirmou que o governo vai analisar a posição de Joe Biden e pode mudar de opinião se isso atender aos interesses nacionais.

Influência na duração da pandemia

De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), Pedro Villardi, ter poucas empresas controlando a produção de vacinas contra o novo coronavírus é “absolutamente temerário”.

À CNN, Villardi disse que se a desigualdade de vacinação for mantida como está atualmente, a pandemia pode se estender por até sete anos ou mais. Ele informou ainda que a mudança de posição do governo americano pode fazer outras potências mudarem de ideia.

Mesmo com este auxílio dos EUA, a liberação das patentes ainda pode demorar a acontecer, dependendo de negociações na OMC.

Fonte: André Luiz Dias Gonçalves

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