A compra de insumos para a safra 2020/21 de soja está adiantada em Mato Grosso. Segundo o Imea, os agricultores já adquiriram 39,5% das sementes, fertilizantes e defensivos que deverão usar. O volume supera os 11% que já estavam comprados nesta mesma época do ano passado. Também é maior que a média histórica para o período, que é de 10%. O ritmo acelerado indica que a negociação está mais atrativa para os produtores.

Na avaliação de Cleiton Gauer, que é gestor de inteligência de mercado do Imea, o cenário atual permite que a antecipação seja vantajosa e ainda proporcione economia para o produtor. “Considerando que o preço da soja disponível está maior do que o valor das fixações para a safra 2020/21, a venda da soja recém-colhida, aliada à compra à vista de insumos, pode ser benéfica ao sojicultor. Simulando um negócio em que o produtor consiga desconto de 2% na compra à vista ele pode economizar mais de 1 saca de soja/ha (aprox. US$ 22/ha) em comparação à opção de comprar este insumo a prazo com juros de 0,4% ao mês”, explica.

Por falar em insumos e custos, um ponto de alerta para o setor é o risco que de a “taxação” sobre os agroquímicos aumente, conforme solicita o PSOL em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que será julgada nesta quarta-feira, 19, pelo Supremo Tribunal Federal. Atualmente, o pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os insumos agropecuários é menor devido ao Convênio 100, que permite que os estados reduzam a alíquota deste tributo sobre defensivos agrícolas.O gestor de inteligência de mercado do Imea também comentou os impactos que recairiam sobre o bolso dos agricultores caso os benefícios do Convênio 100 sobre os agroquímicos fossem derrubados.

Por Canal Rural

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