A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta quarta-feira, 8, que 14 municípios já decretaram situação de emergência causada pela forte estiagem que assola o estado desde o fim de 2019. Além disso, outras 7 cidades já realizaram o pedido de emergência e esperam por homologação. 

“A partir da decretação de situação de emergência, o município tem o prazo de 20 dias corridos para conclusão do processo que possibilita a homologação por parte do estado e o reconhecimento pela União”, disse a Defesa Civil.

Em nota divulgada, o órgão disse que reservatórios móveis de água estão sendo distribuídos para as comunidades mais afetadas com a falta de chuva. No total, 20 cidades já foram beneficiadas com o empréstimo 32 unidades de Viniliq Pipa, com capacidade de 4,5 mil litros.

Também nesta quarta, o Ministério da Agricultura afirmou que está monitorando os efeitos da estiagem por meio da Secretaria de Política Agrícola. De acordo com os dados recebidos até o momento, a pasta está ciente de que as produções mais afetadas até momento são as de milho, soja e leite. Além disso, a assessoria do Ministério informou que está realizando um levantamento de quantidade de seguros acionados por produtores da região. 

A estimativa é de que esse número ultrapasse a marca dos cinco mil pedidos. Segundo o secretário substituto de política agrícola, Wilson Vaz de Araújo, os danos podem ser controlados, já que a maior parte da produção de soja e milho do estado possuem garantia de perdas. 

Pior seca 

A seca que afeta o Rio Grande do Sul é a mais severa desde a safra 2012/2013, segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado. “Historicamente, a cada dez anos, em sete deles nós tivemos algum comprometimento do potencial produtivo das lavouras e das pastagens em função de alguma restrição hídrica. Apesar disso, desde a safra de 2012/2013 para cá, não tivemos uma estiagem que causasse um prejuízo maior na nossa produção”, afirma o secretário em exercício da pasta, Luiz Fernando Rodrigues Júnior, em nota divulgada para imprensa.

A falta de chuvas volumosas, que em algumas regiões chega a 42 dias, aliada ao calor excessivo, já provoca prejuízos nas lavouras de soja, milho, fumo e nas pastagens para pecuária de corte e de leite. Até o fim desta semana, a Emater/RS deve divulgar um levantamento consolidado de perdas e sobre a situação da safra de milho e soja.

Previsão do tempo 

Em janeiro, a média de chuva nas áreas produtoras é de 150 milímetros acumulados, mas alguns locais só registraram 15 milímetros. A metade sul do estado apresenta o menor índice de umidade disponível no solo. Para piorar, as temperaturas voltarão a subir nos próximos dias, elevando a condição da evaporação e evapotranspiração. 

Na sexta-feira, 10, ainda sob influência da frente fria, o tempo continua instável. O dia começa com temporais no sul gaúcho. Os maiores acumulados estão previstos para o centro e para a região da Campanha.

Conforme a frente fria se desloca, a chuva passa a ganhar intensidade também no centro-norte. As pancadas vêm acompanhadas por raios, ventos moderados e chances de granizo. As temperaturas ficam mais amenas, mas não chega a fazer frio.

No fim de semana, a frente fria se afasta, mas os resquícios do sistema e também a ação de um corredor de umidade mantêm as nuvens de chuva sobre a região.

Fonte: Canal Rural

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