A família de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, que morreu no dia 12 de julho, após ser atingida por um disparo, supostamente acidental, efetuado por sua amiga, de mesma idade, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, contratou um perito criminal para auxiliar nas investigações da Polícia Civil.
A informação foi confirmada pelo advogado da família, Hélio Nishiyama. “A família optou por ter o auxílio de técnico na análise das perícias da Polícia Técnica”, disse o defensor.
“É normal esse tipo de auxílio técnico. Foram requisitadas diversas perícias, cujos laudos serão relevantes para a compreensão das circunstâncias do disparo. A intenção da família é apenas contribuir com as investigações”, acrescentou o advogado.
Carlos Roberto Angelotti foi o perito contratado. Ele se aposentou recentemente e tem 30 anos de experiência na Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec).
O laudo de necropsia da adolescente Isabela Guimarães Ramos concluiu que a jovem estudante levou um tiro de uma curta distância.
No laudo que tem 42 páginas, os peritos da Politec, explicam que a morte ‘deu-se em decorrência de um traumatismo crânio-encefálico por ação de instrumento pérfuro-contundente, com disparo de arma de fogo a curta distância.
Isabele morreu com um tiro na cabeça (entrou na região da narina e saiu pela nuca), efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
O Ministério Público Estadual (MPE) apontou no mandado de busca e apreensão, deferido pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá, que o empresário Marcelo Cestari teria feito várias ligações a terceiros antes da chegada do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) à sua residência, no condomínio Alphaville, local em que a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi morta.
Um menor de idade, ouvido como testemunha no caso contradisse a versão apresentada pelo empresário Marcelo Cestari, em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O adolescente contou que o empresário estaria na sala da casa quando aconteceu o disparo que matou Isabele.
Tal fato vai contra o que disse o empresário em seu depoimento. Na semana passada, Marcelo contou que estava comendo a sobremesa do jantar, na área externa próximo a piscina da casa.
O empresário então contou que escutou um barulho, parecendo com o de uma porta de vidro fechando.
Consta ainda no documento de Marcelo que a porta estaria fechada e, por conta disto, não teria identificado que se tratava de um disparo de arma de fogo.
Olhar Direto
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