A ex-senadora Selma Arruda (Podemos) afirmou que o senador Carlos Fávaro (PSD), que tomou posse nesta sexta-feira (17), conseguiu substituí-la na Casa graças ao apoio de “poderosos” de Mato Grosso. Ela citou como exemplo de poderoso o empresário Eraí Maggi, conhecido como “rei da soja”.

“Estou aqui lamentando muito essa situação que Mato Grosso vive. Hoje tomou posse no Senado Federal o Carlos Fávaro, que se utilizou de muitos subterfúgios ilícitos para chegar onde chegou, especialmente contando com o apoio de poderosos desse Estado, como é o caso de Eraí Maggi”, declarou em vídeo divulgado nas redes sociais.

Selma afirmou ainda que esse fato é de conhecimento do público e que esse grupo não teria interesses em tê-la no Senado, por este motivo articularam para retirá-la.

Cassada por caixa dois e abuso de poder econômico, a ex-senadora reforçou sua inocência, disse que não cometeu os crimes e garantiu que foi vítima de uma grande injustiça.
“Infelizmente tudo acabou da maneira que todos sabem e quero aqui agradecer a esses votos e dizer a vocês que fiquem tranquilos: eu não cometi crime de caixa dois, eu não abusei do poder econômico, até porque não tenho nenhum, mas fui vítima de uma grande injustiça”, disse.

Ela ainda afirmou que não pôde recorrer da decisão que a condenou, pois houve um certo desinteresse por parte da Justiça em seu caso, fato que para ela foi inverso na fase condenatória. 

“Meu processo está trancado e não consigo movê-lo, mas o Carlos Fávaro conseguiu a liminar do ministro Dias Toffoli [Supremo Tribunal Federal] para tomar posso no meu lugar. Conseguiu fazer com que o Senado, presidente Davi Alcolumbre, aquele povo lá, fizesse uma sessão secreta quando me desligaram do Senado e conseguiu também tomar posse hoje, uma posse virtual absolutamente desnecessária. Mas tudo era muito rápido e tinha que ser muito rápido porque se eu recorresse provavelmente ele não conseguiria pegar essa boquinha”, ressaltou.

MidiaNews

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here