Trinta reeducandos do Centro de Ressocialização de Sorriso (397 km de Cuiabá) concluíram nesta semana o curso de confecção de utensílios com resíduos de madeira e de apicultura, que consiste na exploração comercial das abelhas para produção de mel, pólen, geleia real e própolis.
Os cursos, com 15 alunos em cada turma, seguindo todas as medidas de biossegurança contra a Covid-19, foram organizados pela unidade em parceria com o Sindicato Rural de Sorriso, via Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e o Conselho da Comunidade do município.
De acordo com o diretor do CRS, Enilson de Castro Souza, essas são algumas das oportunidades já realizadas com o principal objetivo de integrar o reeducando à sociedade novamente, após o período de privação de liberdade para que possam ter uma oportunidade no mercado de trabalho ou até mesmo de empreender no próprio negócio.
“São alguns dos diversos cursos profissionalizantes que foram realizados em parceria com o Senar e outras entidades do município. Os reeducandos receberam diversas orientações sobre as atividades, desde manuseio, preparação e finalização. Todos os cursos foram feitos com profissionais capacitados e preparados. Estamos definindo outros cursos para o decorrer deste ano”, afirma.
O instrutor do Senar, José Alves de Freitas, destacou que durante o curso de confecção de utensílios com resíduos de madeira o grupo aprendeu o passo a passo para utilização de resíduos, praticando artesanato sustentável diante das sobras da madeira.
Além disso, os alunos tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre segurança e saúde no trabalho, ética e cidadania, meio ambiente, classificação de madeiras, manuseio de ferramentas e noções básicas de gestão.
“O curso pode ser uma alternativa de renda aos reeducandos, já que os produtos são de excelente qualidade, além disso, a produção do artesanato proporciona exercer a criatividade, a interação em grupo e, futuramente, tornar-se um trabalho quando deixarem a unidade”, reforça José Alves.
Já o instrutor Leonel Alves Pereira, responsável por ministrar o curso de apicultura, comentou que a metodologia consiste em algumas fases como a introdução da atividade, produção e o manejo mais avançado da atividade.
“Os recuperandos tiveram a oportunidade de conhecer de perto, por meio de atividades teóricas e prática, como é o manuseio com um enxame de abelhas, reconhecer as espécies, saber as fases de produção e de colheita, de uma maneira muito bem didática e seguindo todos os critérios de segurança”.
Pereira também ressaltou que o curso é uma ótima oportunidade de ressocialização do indivíduo. “A apicultura é uma área que cresce muito no Estado, portanto, é uma futura oportunidade para o mercado de trabalho, pois ele sairá daqui com algumas formações e conhecimentos técnicos. O Senar tem uma metodologia de trazer o melhor que existe no mercado e na educação”.
Wellyngton Souza | Sesp-MT