A votação na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (20), que manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a possibilidade de aumento salarial aos servidores públicos, dividiu a bancada de Mato Grosso. Com duas abstenções dos deputados federais de Mato Grosso do MDB – Carlos Bezerra e Juarez Costa -, os outros 6 parlamentares do Estado dividiram-se entre os que apoiaram o veto de Jair Bolsonaro, que é contra o aumento salarial, e os que discordam do presidente.
Os que se mantiveram ao lado de Bolsonaro são os deputados federais José Medeiros (Podemos-MT), Nelson Barbudo (PSL-MT) e Neri Geller (PP-MT). Eles votaram “Sim”, ou seja, entenderam que o veto deveria ser mantido.
Já os parlamentares Dr. Leonardo (Solidariedade-MT), Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT), e Professora Rosa Neide (PT-MT), escolheram o “Não”, possibilitando o aumento salarial de certas classes de servidores.
Na Câmara dos Deputados, a votação teve o placar final de 316 votos pelo “Sim” e 165 votos pelo “Não”. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa, e o chamado “Centrão” – grupo de políticos da Câmara que não possui uma “base ideológica definida”, digamos assim -, foram decisivos para evitar a derrota do Governo.
Com a decisão, estão proibidos os reajustes de salários de qualquer servidor público até o fim de 2021 no âmbito federal – fato que deverá ser seguido pelos Governos Estaduais. Em Mato Grosso, os servidores públicos estão sem reajuste de 2018, em razão do Estado ter estourado os limites de gastos com salários impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
SENADO
Já no Senado, a bancada de Mato Grosso, composta por três senadores, mostrou que está não apenas “alinhada” com o presidente Jair Bolsonaro, mas também entre si. Os três parlamentares que representam o Estado na “Câmara Alta” (como também é conhecido o Senado), votaram pelo “Sim” na última quarta-feira (19).
Os esforços de Carlos Fávaro (PSD-MT), Jayme Campos (DEM-MT) e Wellington Fagundes (PR-MT), todos à favor do veto ao reajustes de servidores que estão na linha de frente do Covid-19, porém, não foram suficientes para impedir o Senado de impor uma derrota a Jair Bolsonaro. O placar final ficou em 42 votos pela derrubada do veto e 30 pela manutenção.
Para confirmar a derrota ao Governo Federal, no entanto, era necessário que a Câmara dos Deputados também votasse pela derrubada do veto. Rodrigo Maia e o “Centrão”, no entanto, salvaram Jair Bolsonaro e sua equipe econômica naquela que poderia ser uma das derrotas mais importantes que o presidente poderia sofrer neste ano de pandemia.
Folhamax