O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou, na manhã deste sábado (4), a ocorrência de casos do mal da vaca louca em frigoríficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT).

De acordo com a pasta, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente. 

No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. 

“A medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos”, afirmou em nota. 

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%. 

“As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o período de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020”, disse a Abiec.

Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada.

Segundo o Mapa, a EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.

Veja os dois tipos da doença que acomete humanos — Foto: Editoria de Arte/G1

O Mapa ainda informou que a confirmação não altera o status do país como de “risco insignificante para doença”. 

“A OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, disse.

Em relação ao caso de Belo Horizonte, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) informou que o frigorífico foi interditado. Disse também que todas as medidas sob responsabilidade do órgão foram realizadas para reduzir riscos. 

“Trata-se de procedimentos de investigação de rotina, que ocorrem sempre que houver uma suspeita de doença, demonstrando-se assim, ao mercado interno e externo, a constante e necessária atenção veterinária das instituições responsáveis, reafirmando nossa seriedade e credibilidade no mercado”, afirmou o IMA. 

Impactos

O caso registrado em Belo Horizonte acentuou a queda da atividade dos frigoríficos brasileiros, de acordo com a associação que representa o setor.

“A notícia da vaca louca veio neste momento em que a ociosidade nos frigoríficos que trabalham somente com o mercado interno é bastante elevada e serviu para diminuir ainda mais o negócio de aquisição de bois diariamente”, disse a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em nota enviada nesta sexta-feira (3). 

Fonte: G1

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