Foto: Reprodução

Mais de 5,1 milhões de hectares. Este deve ser o tamanho da área destinada às lavouras de milho nesta segunda safra em Mato Grosso. São pelo menos 242 mil hectares acima do que foi cultivado no ano passado, o equivalente a quase 5% de avanço. Destaque para o médio-norte, que deve concentrar 44% de todas as plantações do grão no estado, ampliando em 144 mil hectares o terreno cultivado no último ciclo na região. O principal combustível para este aumento no local é a demanda pelo cereal para a produção de etanol.

É que explica Marcel Durigon, que é responsável pela área de agricultura do Imea. “O preço do milho em Mato Grosso sempre foi um problema. A gente tem um custo alto do frete para exportar esse milho e a nossa demanda interna não era tão alta quanto a demanda interestadual. Agora a gente já tá vendo uma demanda para a produção de etanol de milho próxima a 50% da demanda total interna de Mato Grosso. Então, além de uma demanda para ração a gente também tem agora demanda forte para a produção de etanol. E como as indústrias estão localizadas (em sua maioria) na região médio-norte do estado, o produtor fica com um pouco mais de vantagem para vender este milho, porque está mais próximo. Por isso a gente vê o maior aumento da área nesta região”, comenta.

Além da maior procura pelo milho no mercado interno, a demanda internacional e o mercado aquecido também motivaram os agricultores, que aproveitaram preços atrativos para antecipar as vendas da produção. Mais de 56% do milho que deve ser colhido já foram negociados. Quanto ao tamanho da safra, a previsão é de um novo recorde, passando 32,44 milhões de toneladas.

Esse volume, segundo Durigon, ainda depende da ajuda do tempo. “A gente tem que ter cautela em relação à produtividade porque a cultura do milho é muito sensível ao volume de chuvas, a frequência das chuvas no período de florescimento e enchimento do grão. Nesta safra teve a soja semeada com atraso em comparação com outras safras, então também houve atraso no milho. É muito cedo pra gente falar que terá uma ótima produtividade do milho. A gente tem que esperar mais um pouco, ver como vai ser o clima, para depois consolidar ‘uma super safra’, na maior da história do estado”, conclui.

Fonte: Canal Rural

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