A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid ouviu no dia 04 de maio, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Ele foi o primeiro a ser ouvido na CPI e quando questionado pelos senadores sobre se houve alguma proposta técnica do presidente Jair Bolsonaro ao ministério quando estava na pasta, ele afirmou que não e que “o que havia ali era um mal estar”.

“O que havia ali era um outro caminho, que ele decidiu, não sei se através de outras pessoas ou por conta própria”, afirmou. “Era muito constrangedor explicar porque o ministério estava indo por um caminho e o presidente por outro.” 

Mandetta também afirmou que Bolsonaro foi alertado das consequências de não ouvir a ciência, inclusive com a projeção de alto número de mortes caso as medidas indicadas pela OMS não fossem seguidas e que todas

Mandetta presta depoimento na CPI.

Abaixo você acompanha parte do que disse Mandetta sobre o uso de cloroquina.

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Depois de quase 6 horas de depoimento, o ex-ministro da Saúde, disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é “desonesto intelectualmente” e “muito pequeno para estar onde está”.

O ministro Paulo Guedes (Economia)

Um dia depois dele, o também ex-ministro Nelson Teich, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito e afirmou que Bolsonaro foi alertado das consequências de não ouvir ciência.

À CPI, Teich enfatizou que não há comprovação científica para uso da cloroquina no tratamento de covid-19

Segundo ele, o presidente não tentava interferir no seu trabalho e que a única orientação de Bolsonaro contrária à orientação técnica foi sobre o uso da cloroquina — que não tem comprovação científica no combate ao coronavírus. “Percebi que não teria autonomia. Isso refletia uma falta de autonomia e uma falta de liderança. Se existiu alguma tentativa de interferência, pode ser sido essa.” Disse Teich.

Para o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse em depoimento na CPI da Pandemia, na terça-feira (11) que se manifestou contra a mudança da bula da cloroquina por decreto já que isso não teria cabimento dentro das regras sobre medicamento em vigor no país. Ele confirmou a proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro, como relatado pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

Barra Torres diz que posição do presidente sobre vacinas vai contra tudo o que a agência preconiza

A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinar um decreto com objetivo de incluir Covid-19 nas recomendações de uso do medicamento estava em um rascunho de decreto apresentado em uma reunião no ano passado e foi revelada pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta à CPI. Veja abaixo:

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/05/11/mudar-bula-da-cloroquina-por-decreto-nao-teria-cabimento-diz-barra-torres-a-cpi

Da Redação


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