Alinhado em boa parte ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o agronegócio tem sido um dos principais financiadores da campanha do chefe do Executivo pela reeleição.
Das dez maiores doações privadas a Bolsonaro registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até as 22h da última sexta (2), oito partiram de empresários do setor.
O maior doador individual até o momento, que injetou R$ 501 mil na campanha bolsonarista, é o ex-piloto Nelson Piquet, uma das poucas exceções entre os grandes investidores. A maioria do grupo é de fazendeiros ou empresários do ramo, como fabricantes de máquinas agrícolas.
Pessoas físicas contribuíram, até o momento, com R$ 4,6 milhões, quase um terço do total já contabilizado pela campanha: R$ 14,6 milhões.
Ao todo, 625 pessoas fizeram doações, mas só as dez primeiras são de R$ 100 mil ou mais. A maioria dos doações, mais de 60% do total, pagou R$ 1 mil ou menos.
O estado de Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, é onde atuam seis dos dez maiores financiadores da campanha bolsonarista. Parte deles também fez doações a outros candidatos, como Antonio Galvan (PTB-MT), que se licenciou da presidência da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) para concorrer ao Senado.
Os financiadores de Bolsonaro
Dos dez maiores doadores de campanha até o momento, oito são empresários do agronegócio, dos quais seis são de Mato Grosso.
Apesar do domínio mato-grossense, o segundo maior doador, depois de Nelson Piquet, é o gaúcho Gilson Lari Trennepohl. Vice-prefeito de Não-me-Toque (RS), município de 18 mil habitantes a 289 quilômetros da capital gaúcha, Porto Alegre, ele é dono da Stara, uma fabricante de máquinas agrícolas.
Além de doar R$ 350 mil à campanha de Bolsonaro, Trennepohl distribuiu R$ 575 mil a outras sete candidaturas. Entre os beneficiados, estão os ex-ministros de Bolsonaro Onyx Lorenzoni (PL), que recebeu R$ 300 mil para sua campanha a governador, e Osmar Terra (MDB), que ganhou R$ 50 mil para tentar uma vaga de deputado federal.
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Autor: Uol