O governador Mauro Mendes (DEM) reagiu ao manifesto feito por profissionais da saúde pública e privada de Mato Grosso que pedem ao Governo e aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande a revogação dos decretos que flexibilizam as medidas de isolamento social.
Segundo eles, ao flexibilizar a abertura do comércio em plena curva ascendente de infecção pela Covid-19 (o novo coronavírus) no Estado, Mato Grosso caminha na contramão das recomendações da OMS e das medidas adotadas por outros Países, cometendo uma “política genocida”.
Em nota, o governador afirmou que o decreto baixado por ele na última semana apenas traça diretrizes que podem ser adotadas pelos Municípios. De forma que a decisão pela abertura ou não do comércio, por exemplo, cabe aos prefeitos.
“O documento é orientativo e estabelece diretrizes técnicas e científicas, como forma de auxiliar as prefeituras. É preciso esclarecer que, conforme decidiu o Tribunal de Justiça, cabe a cada município – e não ao Governo do Estado – determinar medidas restritivas ou de flexibilização em relação ao coronavírus”, disse Mendes.
Ele também expôs dados sobre a capacidade de atendimento no Estado a pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Isto porque, no manifesto, os profissionais da saúde afirmaram que a estrutura de saúde em Mato Grosso é bastante fragilizada e nunca supriu a demanda de Unidade de Tratamento Intenso (UTIs), muito menos agora, diante da real ameaça de expansão da pandemia.
O governador, por sua vez, disse que o Estado conta, neste momento, com 403 leitos clínicos e 99 leitos de UTI no Sistema Público de Saúde (SUS) exclusivos à pacientes com a doença.
A taxa de ocupação, segundo Mendes, está em 0% nos leitos clínicos e 4,8% nos leitos de UTI.
“Além disso, uma série de medidas já foram tomadas para proteger a saúde dos mato-grossenses, como a restrição do convívio social e de aglomerações, aquisição de equipamentos, respiradores, parcerias para a confecção de máscaras e campanhas de orientação à população”, concluiu o governador.
MidiaNews
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