O secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, que citou desconforto com declaração do presidente

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo admitiu desconforto com a declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta semana, quando questionado por jornalistas sobre o fato de o Brasil ter ultrapassado a China em número de mortes por Covid-19.

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias [referência ao próprio nome], mas não faço milagre”, disse o presidente.

Momentos antes, o boletim divulgado do Ministério da Saúde confirmava 5.017 mortes pela doença no Brasil. Neste sábado (2) já eram 6.329.

“[A declaração] é desconfortável. Todos que estamos à frente de cargos na área da Saúde devemos levar em consideração os números existentes no País hoje”, disse Figueiredo.

“Os números que estamos verificando em São Paulo são assustadores. Deus queira que não tenhamos que passar por isso aqui. O pico da doença ainda não aconteceu no Brasil e em nenhum estado do País”, afirmou.

“Teremos um momento de pico maior, não sabemos em que proporção. Não tivemos nenhuma escala descendente de casos. Todos os dias são casos novos, óbitos novos”, emendou.

Liberação de atividades

Ainda durante coletiva de imprensa por meio das redes sociais, o secretário voltou a falar da preocupação com as medidas de liberação – ainda que gradativas – de atividades econômicas.

“Não vejo com conforto total a flexibilização. Lógico que quando você tem todo mundo fechadinho em casa, o risco é menor de infecção. Quando aumenta o contato, a probabilidade de ser infectado é maior, a probabilidade de números crescerem é maior, a probabilidade de as pessoas necessitarem de atendimento hospitalar é maior”, disse.

Por fim, o secretário afirmou esperar que o aumento da demanda esteja alinhado com a capacidade de atendimento hospitalar de Mato Grosso.

Midia News

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