Ter um mandato eletivo – e possuir parte da máquina pública nas mãos -, não foi suficiente para garantir a vitória nas urnas em 2020 para seis políticos de Mato Grosso que ocupam cargos tanto no Congresso quanto na Assembleia Legislativa (ALMT).

Em Sinop, o deputado federal Juarez Costa (MDB-MT) era o favorito para levar as eleições municipais em sua candidatura a prefeito. Ele próprio – que já administrou a cidade em dois mandatos, e conseguiu deixar uma “sucessora” no cargo (hoje sua adversária política) -, porém, não conseguiu vencer o pleito. O empresário Roberto Doner (Republicanos) foi eleito com 49,52% dos votos, enquanto Juarez ficou com 27,37%.

José Medeiros (Podemos-MT), por sua vez, pode ser considerado um “alpinista político”. Chegando ao cargo de senador da república num controverso processo de composição de chapa – que inclusive já foi julgado Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que condenou o parlamentar a perda do cargo -, ele conseguiu se eleger a deputado federal em 2018.

Nessas eleições de 2020, ele tentou, novamente, ser eleito ao Senado – embora ainda esteja na metade do mandato como deputado federal. Mas a falta de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acabou sendo um duro golpe em seu “projeto”. José Medeiros atingiu apenas 9,7% do eleitorado, ficando em 4º lugar na disputa.

Outro parlamentar, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), sonhou alto demais ao tentar disputar a prefeitura de Várzea Grande – o segundo maior município de Mato Grosso. O apoio de seu pai (o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro) não foi suficiente em sua campanha. Ele acabou em 3º lugar, com 12,78% dos votos.

ASSEMBLEIA

Três deputados estaduais da ALMT, que também disputaram as eleições de 2020, não tiveram melhor sorte do que seus colegas do Congresso. Xuxu Dal Molin (PSC) deixou o conforto da tribuna do Poder Legislativo para disputar a prefeitura de Sorriso, umas das cidades mais importantes do agronegócio de Mato Grosso. O candidato, porém, sofreu uma derrota “acachapante” para o prefeito Ari Lafin (PSDB), reeleito com 73,34%.

A exemplo do deputado federal José Medeiros, o candidato ao Senado, Sargento Elizeu Nascimento (DC), é outro “alpinista político” de Mato Grosso. Eleito vereador em 2016, em Cuiabá, ele não terminou o seu mandato ao disputar (e vencer) as eleições a deputado estadual em 2018. Neste ano, o parlamentar, novamente, pretendia abandonar o cargo ao disputar a vaga na Câmara Alta.

Porém, Elizeu Nascimento deverá concluir seu primeiro mandato como político eletivo, uma vez que pontuou 4,68%, ficando em 8º lugar.

Valdir Barranco (PT), por sua vez, se colocou como um nome “viável” do partido na disputa ao Senado. De todos os parlamentares, talvez, ele é o que tenha tido o resultado mais positivo do ponto de vista político – apesar da derrota. Mesmo não conseguindo se eleger, o deputado estadual obteve 117.933 votos, o que pode credenciá-lo a outras candidaturas no futuro.

Autor: Da Redação com Folhamax

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