Policiais federais apreenderam dezenas de pedras preciosas – que seriam diamantes -, dólares e quase R$ 30 mil na residência do ex-secretário Nilton Borgato (PSD), em Cuiabá, na manhã desta terça-feira (19). 

Ele foi preso em seu apartamento, no Residencial Harmonia, durante a Operação Descobrimento, deflagrada pela PF da Bahia, acusado de envolvimento com tráfico internacional de cocaína.

De acordo com a PF, ao todo foram apreendidos US$ 4 mil, R$ 29,3 mil, além das pedras preciosas. A PF não informou quantas pedras foram encontradas.

Segundo apurou a reportagem, as pedras serão encaminhadas para a Caixa Econômica Federal onde serão avaliadas. 
Borgato era secretário Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec) e se desligou do cargo para lançar sua pré-candidatura a deputado federal.

Além de Borgato, também foram presos na operação o lobista Rowles Magalhães, em São Paulo, e sua ex-namorada Nelma Kodama, delatora da Operação Lava Jato, presa em Portugal. 

Rowles foi assessor especial durante a gestão Silval Barbosa, e se tornou conhecido ao denunciar, em 2012, um esquema de pagamento de propina referente à licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

O esquema

As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento.

A empresa, segundo informações preliminares, seria ligada ao lobista Rowles Magalhães.

Durante a inspeção da aeronave, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem.

Conforme  a PF, a partir de então foi possível identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

A operação

Ao todo, são cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Apenas para Mato Grosso, foram expedidas cinco ordens judiciais.

Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.

A Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

Mídia News

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