Uma ferramenta criada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) traça um panorama de novos investimentos, áreas mais promissoras e o tipo de incentivo pode estimular negócios em cada uma delas.
A previsão é que as empresas contratem mais nos próximos meses. “A confiança da indústria de Mato Grosso está descolada do resto do país, está acima de 50 pontos, que é um bom indicador, e então imaginamos que nos próximos meses vai contratar mais”, explicou o coordenador do Observatório da Indústria, Pedro Máximo.
Ele afirma que o objetivo do observatório é prover estratégia e inteligência de mercado para que as indústrias saibam onde trabalhar. “Com essa ferramenta, a gente consegue saber quais os municípios que, se tirar determinado tipo de abate, ele será mais impactado”, afirmou.
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A construção civil é um dos setores que mais emprega. Para um conjunto habitacional de 75 casas populares, são contratadas 100 pessoas.
“Além de empregar, ela também emprega pessoas com pouca qualificação e novas no mercado de trabalho e ajuda a resolver os impactos da desocupação”, pontuou.
Aripuanã
Aripuanã, segundo Máximo, vai se transformar nos próximos cinco anos, com investimentos de R$ 1,5 bilhão da Nexa Resources, do grupo Votorantim, na lavra e beneficiamento dos minérios zinco, cobre e chumbo.
A previsão é de início de operação no final de 2020. “É uma cidade com uma população pequena, e a gente sabe que Aripuanã será uma cidade completamente diferente daqui a 5 anos. Terá mais pessoas trabalhando, mais saúde, estradas melhores”, destacou.
Primeiro, serão contratados trabalhadores para construir a indústria e depois para atender a demanda.
“Agora é a hora de Mato Grosso crescer”, declarou.
Alto Araguaia
Em Alto Araguaia está previsto investimento de R$ 9,7 bilhões em indústrias de celulose. O projeto deve gerar mais de 8 mil postos de trabalho. Na fase de operação aproximadamente 4.400 vagas, sendo 1.200 postos na indústria e 3.200 na área florestal.
A previsão de produzir 2 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto por ano.
‘Cadeia do etanol’
As regiões mais promissoras são as beneficiadas com a chamada “cadeia do etanol”, em Lucas do Rio, Sinop. Nova Mutum e Sorriso. Estão previstos investimentos de R$ 6 bilhões no setor.
Atualmente, o estado possui 11 indústrias que usam a cana de açúcar e o milho na produção do biocombustível.
Mato Grosso produz 1.850 bilhão de litros de etanol por ano. Segundo o setor, esse volume deve triplicar nos próximos cinco anos, chegando a 5 bilhões de litros.
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Por G1 MT