Coronavírus — Foto: Getty images via BBC

Uma mulher de 34 anos, identificada como K.C., está internada e isolada no Hospital Regional de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá) por suspeita de ter contraído coronavírus. Este é o primeiro caso em Mato Grosso em que se cogita a possibilidade de que um paciente esteja carregando o vírus.

A mulher, que viajou recentemente para a Ásia (país não informado), começou a se sentir mal na noite da última quinta-feira (06), logo depois de retornar para Mato Grosso. A informação foi confirmada pela gerente de departamento da Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Rondonópolis, Gil Machado.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devidamente preparada com um uniforme adequado, foi quem encaminhou a paciente para o Hospital Regional, onde ela permanece em quarentena.

“Na manhã desta sexta-feira (07) serão recolhidos materiais para que sejam feitos os exames para comprovar se trata-se de coronavírus. Tudo será encaminhado para um laboratório de Cuiabá e, posteriormente, a outro do Rio de Janeiro (RJ) para a contraprova”, explicou Gil Machado.

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, está empenhado em deixar o Estado preparado para lidar com o risco do coronavírus, doença que começou na China e tem se espalhado rapidamente pelo mundo.

Figueiredo esteve em Brasília (DF), onde discutiu com outros secretários de Estado um plano de contingência.  De acordo com Gilberto, a intenção é que Mato Grosso esteja pronto para dar a assistência que a população precisa caso necessário. 

Coronavírus

A província chinesa de Hubei, epicentro da epidemia do novo coronavírus, o 2019 n-CoV, registrou 69 novas mortes, de acordo com atualização da noite de quinta-feira (06). Com isso, são 637 óbitos no país. Outros 2.447 casos foram confirmados apenas na região mais afetada, totalizando mais de 31.211 mil em toda a China.

O novo vírus é apontado como uma variação da família coronavírus. Os primeiros foram identificados em meados da década de 1960, de acordo com o Ministério da Saúde.

A variação originada na China foi nomeada oficialmente pela Organização Mundial de Saúde como “Doença Respiratória de 2019-nCoV” em 30 de janeiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus.

Ainda não se sabe como se deu a primeira transmissão para humanos. A suspeita é que tenha sido por algum animal silvestre. O tipo de animal e forma como a doença foi transmitida ainda são desconhecidos. Uma hipótese é que o novo vírus esteja associado a animais marinhos. Entretanto, ao menos duas pesquisas apontam outras possibilidades: uma delas cita a cobra e, outra, os morcegos.

Cientistas do Colégio Imperial de Londres estimaram que a taxa de transmissão do novo coronavírus entre humanos é de duas a três pessoas para cada paciente infectado. 

Foram identificados sintomas como febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. Em casos mais graves, há registro de pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave.

Fonte: Olhar Direto


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