O Brasil perderá o certificado de erradicação do sarampo após a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) confirmar um caso endêmico, ou seja, dentro do território brasileiro em fevereiro no Pará.
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (19) que foi comunicado do caso pela OPAS e já trabalha para o controle da doença, que teve um surto em 2018 com mais de 10 mil casos registrados especialmente no Amazonas e em Roraima.
No comunicado, o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta declarou que o governo já trabalha para retomar o título nos próximos 12 meses.
“Nosso plano consiste em encaminhar medidas importantes ao Congresso Nacional, como a exigência do certificado de vacinação, não impeditiva, de ingresso na escola e no serviço militar. Reforçaremos, ainda, o monitoramento da vacinação, por meio dos programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde”, disse.
Mais de 10 mil casos
Em janeiro de 2019, o Brasil tinha três estados com surto da doença: Amazonas, Roraima e Pará. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o país registrou 10.374 casos da doença.
O pico foi atingido em julho de 2018, quando foram registrados 3.950 casos da doença.
Perda do certificado
O critério estabelecido para a retirada do certificado de erradicação é a incidência de casos confirmados do mesmo vírus durante 12 meses. Segundo a OMS, a primeira pessoa infectada dentro do território brasileiro ocorreu em 19 de fevereiro de 2018.
O certificado foi concedido ao Brasil pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS), em 2016.
O Brasil tem um modelo considerado exemplar quando o assunto é calendário de vacinação, mas a oferta de vacinas no SUS não tem sido suficiente para garantir a taxa desejável de cobertura vacinal da população.
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